O grupo WPP apresentou seus resultados financeiros de 2019 e apontou queda de 1,9% no quarto trimestre, considerando as receitas orgânicas, que excluem efeitos de variações monetárias e aquisições ou vendas, como a da Kantar.
O resultado, diz o CEO Mark Read, era de alguma forma esperado, e ocorre na carona do balanço de perdas e ganhos de clientes, e dentro de uma nova estratégia trianual para garantir o crescimento futuro do principal grupo da publicidade mundial.
No total de 2019, a queda de receitas foi de 1,6%. A margem operacional anual foi de 14,4%, baixa de 1,2% na comparação com o ano anterior, refletindo, segundo o WPP, o desafio da performance em agências especializadas e nos investimentos do grupo em seu plano tri-anual de crescimento futuro.
Para 2020, o WPP projeta compromisso com a criatividade e colaboração, ampliando a simplificação de estruturas com menos agências, mas mais fortes. Também haverá investimentos em tecnologia, recursos humanos e equipes de novos negócios. A nova oferta do WPP é de criatividade fortalecida por tecnologia.
“Este ano de 2019 foi o primeiro da nova estratégia do WPP e, graças ao trabalho duro dos nosso funcionários, fizemos um progresso importante em um curto período de tempo”, afirmou Mark Read, CEO do WPP.
“Dissemos que progrediríamos na jornada para retornar o WPP ao crescimento, simplificando nossos negócios e reduzindo nossas dívidas, e cumprimos cada uma dessas metas. Em 2019, atingimos nossas metas de reestruturação e concluímos a venda da participação majoritária na Kantar. O segundo semestre de 2019 foi mais forte que o primeiro, com o desempenho melhorando globalmente e, nos Estados Unidos, nosso maior mercado”, avaliou.
O discurso de Read, no entanto, não agradou aos investidores. No começo dessa quinta-feira, na Bolsa de Londres, as ações da companhia tiveram uma queda acima de 16% até o fechamento dessa nota. O WPP retornou à mínima de 2012, ao atingir 756 pontos. Esse valor é mais de 60% abaixo da máxima história que o WPP atingiu em 2017.