Depois de a Kia Motors do Brasil ter publicado nesta terça-feira (25), nos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S. Paulo, anúncio no qual acusa a Hyundai de se promover sozinha com mérito atribuído às duas montadoras, a Hyundai divulgou nesta quinta anúncio nas primeiras páginas dos mesmos veículos chamando a Kia de “sua divisão barata”.
O conflito entre as duas montadoras teve início depois que a Hyundai passou a divulgar na mídia dados do ranking de vendas do Automotive News Data Centre, no qual a grande novidade é o fato de a Hyundai-Kia ter passado a Ford e ocupado a 4ª colocação.
No anúncio da Kia, a marca afirma que a importadora oficial da Hyundai Motor Company para o mercado brasileiro – a Hyundai Motor Brasil – pertencente ao Grupo CAOA, vem divulgando que somente a Hyundai teria alcançado a 4ª posição. A Kia afirma ainda que o grupo só ultrapassou a Ford graças à adição da produção e da venda da Kia Motors Corporation e que toda e qualquer propaganda mencionando a Hyundai como a 4ª montadora no ranking mundial é enganosa e tem como objetivo levar o público aa erro.
Já a peça da Hyundai, publicada nesta quarta, traz o título “A notícia que abalou o mercado automobilístico mundial” e a frase em destaque: “Até a Kia, sua divisão barata, ganhou notícia.”
Na Coreia do Sul, as marcas Hyundai e Kia Motors formam um único grupo automotivo, sendo que a Hyndai lidera as vendas no país, seguida pela Kia.
Procurada, a assessoria de imprensa da Kia afirmou que a marca não utilizará mais a mídia para rebater os anúncios da Hyundai.
Em março deste ano, a marca registrou junto ao Conar (Conselho Nacional de AutoRegulamentação Publicitária) uma queixa contra um anúncio divulgado pela Hyundai Caoa do Brasil. A peça intitulada “Tucson Imbatível” trazia uma lista dos principais concorrentes da Hyundai, mas deixava de mencionar o Sportage, montado sobre a mesma plataforma do Tucson. A Kia alegou à época que a peça induz o leitor a equívocos mercadológicos. O Conar acatou a denúncia e recomendou a retirada da campanha de circulação.
por Daniela Dahrouge