O grande desafio das operadoras está em apresentar soluções que atendam às necessidades do consumidor. “O segmento precisa criar oportunidades na entrega de conteúdo, na diversidade dos modelos de negócio e na oferta de novos serviços para que o cliente possa acessar o conteúdo na hora e na plataforma que for mais conveniente para ele. Além disso, devemos considerar que o momento econômico do país é um grande desafio para toda a indústria, que em geral traz impactos como cancelamentos e aumento da pirataria”, diz Agricio Neto, VP de marketing e programação da Sky.

Mesmo com o cenário adverso, a Sky, maior operadora de TV por assinatura via satélite do país, espera ter um crescimento positivo em 2015. “Acreditamos no potencial do mercado, mas com um crescimento menos acelerado do que vivenciamos nos últimos anos.”
Na opinião de Neto, a televisão por assinatura caminha para um patamar de maturidade. “É um setor que está em constante mudança, que se transforma de acordo com as novas tecnologias, perfil dos consumidores, legislação e outros.”

O executivo também cita o aumento da pirataria. De acordo com um estudo realizado pela H2R Pesquisas Avançadas, a pedido da Associação Brasileira de Televisão por Assinatura (ABTA), 18,8% das assinaturas são clandestinas, ou seja, mais de 4,5 milhões de domicílios brasileiros utilizam caixas de TV piratas.
A Oi TV, que ultrapassou a marca de um milhão de clientes e foi responsável por aproximadamente 50% da conquista dos novos assinantes em todo o país, segundo dados da Anatel, está apostando na ampliação de acesso aos clientes. Ariel Dascal, diretor de DTH, Fibra e Produtos Convergentes, vê grandes oportunidades de crescimento.

Segundo Dascal, a primeira grande oportunidade para a empresa é a convergência. “A Oi TV é o coração da convergência. É o carro-chefe. Oferecer telefonia fixa, móvel, banda larga e TV com um único atendimento e uma única fatura é o que o cliente quer. A convergência é, claramente, uma oportunidade”, comenta.

A outra oportunidade é o serviço pré-pago, seguindo o exemplo da telefonia móvel. Desta forma, a TV por assinatura poderá atingir um novo perfil de público que ainda tem o serviço. “Na mobilidade o pré-pago é um sucesso. Estamos querendo lançar um modelo de pré-pago para TV por assinatura também”,  adianta.

Outra frente é seguir a tendência mundial e oferecer serviço de conteúdo everywhere, que é o cliente assistir a televisão onde quiser e quando quiser. “Todos os aplicativos disponíveis com bibliotecas, desde que se tenha aquele canal no seu pacote, podem ser assistidos no tablet e smartphone. O futuro vai nesta direção: assistir o que quiser e quando quiser. E com oferta robustas”, fala Dascal.