Em novembro de 2020, falamos sobre a evolução no uso de personagens para criar mais empatia entre o público. A prática já acontecia há muitas décadas com mascotes como Urso (Coca-Cola), Friozinho (Pernambucanas), Lek Trek (Sadia) – inclusive fizemos uma série de entrevistas com alguns bem emblemáticos.

Naquele momento, algumas marcas reforçavam suas estratégias, como o Magalu, e outras começavam a desbravar esse caminho, a exemplo da Casas Bahia e Caoa. Os movimentos são reflexo da evolução tecnológica somada a novos hábitos de consumir conteúdo, formatos e linguagens.

Com diferentes modelos de atuação, além de Lu (Magalu), CB (Casas Bahia) e Areta (Caoa), há exemplos como Mara (Amaro), Dai (Dailus), Nat (Natura), Carina (Carrefour) e a recém-lançada Iana (Havaianas).

A chegada de Iana coincide com outra forte investida nesse mercado: o lançamento da Biobots, uma Creative Code Tech, que apresentou a Satiko, second life da apresentadora Sabrina Sato. A startup de criatividade e desenvolvimento de códigos de programação dá origem à produtos digitais. Mas além da tecnologia, a empresa faz a estratégia criativa do processo, com conteúdo e storytelling.

Com diferentes representações no mercado hoje, de assistentes virtuais restritas a ícones a líderes da comunicação nas redes da empresa, Ricardo Tavares, CEO da Biobots, acredita que as marcas tendem a evoluir para avatares. “Entendemos que esse é um mercado em grande desenvolvimento, podemos até dizer que é uma herança ou extensão do mercado de games que é muito estabelecido aqui no Brasil. Nós acreditamos que esse é o futuro e que o sucesso no Brasil vai ser tão grande quanto o que já vemos nos Estados Unidos, principalmente agora com toda a movimentação do Facebook e Microsoft”, diz.

Em sua opinião, será possível ver mais esses influenciadores em mundos virtuais, como já acontece em outros países com cantores mundialmente famosos já fazem shows nesses mundos, como Justin Bieber, Paris Hilton e Ariana Grande. 

Se depender do interesse do mercado brasileiro, esse momento deve chegar rapidamente. Tavares conta que desde o lançamento da empresa e da Satiko, foram de 100 contatos para orçamentos. “São marcas de vários segmentos, além de muitos influenciadores e artistas. Agora estamos conversando com cada um para apresentar uma estratégia, tanto de desenvolvimento de avatar, como conteúdo, diz.

Parte do trabalho da empresa passa pela parte criativa e de storytelling de avatares, mas o profissional afirma que o trabalho é complementar aos das agências. “Já estamos fazendo reuniões com várias delas e com empresas que organizam eventos para trabalhar em parceria com eles também.”