Mal começou o segundo semestre e o mercado varejista já está temeroso com o Black Friday deste ano. Na verdade, precisamos estar atentos e fortes tanto no omnichannel como fisicamente nas lojas. Sobretudo, porque essa não é a única contagem regressiva do comércio neste segundo semestre. Em 2022, além da proximidade com o Natal, acontecerá no mesmo período a Copa do Mundo da FIFA no Catar, de 20 de novembro a 18 de dezembro.
No país do futebol, a Copa move muito mais do que a paixão e loucura dos torcedores. O evento também aquece o mercado de consumo e influência o planejamento de compras dos brasileiros. Não acredito que vai atrapalhar a Black Friday, porém é importante antecipar as estratégias para que os consumidores estejam prontos com suas Smart TVs novas e outros produtos para acompanhar as partidas.
E tudo isso começa bem antes de dezembro. Segundo a Pesquisa Pinion Copa do Mundo 2022 – CMI, 81% dos interessados na Black Friday são favoráveis à antecipação da data neste ano. Então as lojas físicas e os sites têm de correr para não deixar seus esforços de marketing e aumento de suas vendas apenas para o dia 25 de novembro.
Para este ano, a empresa de pesquisas Behup indica que 50% dos consumidores pretendem comprar algum produto. Esse número é maior do que o registrado em 2021, quando ficou em 47%.
Outra prova do aquecimento devido à Copa é o fato de que pelo menos 56% dos entrevistados querem comprar algo por causa do Mundial, e 72% têm a intenção de aproveitar as promoções da Black Friday para isso.
E-commerce ou físico?
O e-commerce conquistou seu lugar como ambiente favorito para as compras dos brasileiros, apesar de um reaquecimento no comércio físico após pandemia. Mas se a empresa tem dúvidas de onde deve estar na Black Friday, a resposta ideal é: nos dois!
Para 71% dos entrevistados pela BeHup, a experiência omnichannel é o melhor formato. Para isso, vale apostar em facilidades de apresentação da variedade de produtos, o item mais valorizado das lojas físicas. Também apostar em opções de comodidade pick up store e organizar a cadeia logística para acelerar a entrega com o formato ship from store. Além de, claro, personalizar a comunicação com o cliente em seu canal digital preferido, seja ele no site, WhatsApp, Instagram, Facebook e outras redes sociais ou mesmo por e-mail.
É fato que o povo brasileiro tem enfrentado uma boa queda no poder de compra. Isso o levará a pesquisar mais e a comparar melhor não só os preços, mas também à facilidade de pagamento como um todo e outras vantagens, a exemplo do frete grátis e o novo cashback, estratégia essa que tem garantido muitas vendas ao varejistas nos últimos meses.
Na Pesquisa Pós Black Friday 2021, a Behup informa que 49% dos consumidores brasileiros compraram apenas pela internet na ocasião, enquanto outros 31% aproveitaram as promoções em lojas físicas.
Portanto, continuamos com força no digital omnichannel, sem abandonar a publicidade e promoções no ponto de vendas do comércio.
Juntar o orçamento de marketing em estratégias casadas para este período atípico de consumo tem sido o caminho de grandes empresas do setor varejista a exemplo da gigante Americanas, por exemplo. A ideia é criar uma estratégia de sustentação entre um momento e outro nos próximos meses fazendo com que cada etapa alavanque as vendas do momento e do período seguinte.
Seja qual for o segmento, o fato é que mesmo diante de um cenário totalmente atípico o brasileiro pretende consumir e o varejo vender. O que fará a diferença é criatividade de cada um ao investir sua verba e analisar a resposta em forma de dados gerada em tempo real por cada interação realizada por seu público.
Boas vendas! E vai Brasil!
Alex Baptista é CEO da Immakers Ads
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