O último trimestre de 2022 promete ser intenso. Com eleições presidenciais em outubro, a Black Friday em novembro e o adiamento dos jogos da Copa do Mundo, que normalmente ocorrem na metade do ano, para dezembro, veremos alguns meses de muita correria em alguns setores da economia, especialmente no varejo. Afinal, esses eventos podem estar alocados para os três meses finais do ano, mas a preparação para tudo isso começa muito antes.
Mesmo que ainda faltem alguns meses para esse período agitado chegar, já é possível traçar algumas previsões. Tanto a Black Friday, data que já virou tradição para o comércio varejista nacional, quanto a Copa do Mundo devem ser grandes estímulos ao consumo. Os descontos e promoções da Black Friday, que acontece em 25 de novembro, costumam ser aproveitados para compras de bens de maior valor, como celulares, televisores e outros bens duráveis; com a Copa começando em 21 de novembro, ou seja poucos dias antes da Black Friday, a compra de aparelhos da chamada “linha branca” deve ser intensificada.
Vale ressaltar que, diferentemente das outras edições da Copa do Mundo, a deste ano acontece no verão brasileiro. Quer mais clima de festa do que a busca pelo hexa em pleno clima de fim de ano, férias, praia e diversão? Todos esses fatores juntos mostram que a expectativa do comércio para um bom encerramento de 2022 tende a se concretizar. Ah, e tem ainda ele: o décimo terceiro, que também entra na conta dos brasileiros bem na mesma época.
No entanto, um evento que ocorre antes da Copa e da Black Friday pode balançar o mercado varejista: as eleições presidenciais, que serão realizadas no mês de outubro. O período eleitoral é sempre delicado para o comércio, vide as tensões e oscilações no mercado causadas por mudanças no espectro político do País. Enquanto a população não se decide por um candidato — o que, no Brasil, só deve ser confirmado realmente após o pleito, visto que a disputa política é bastante intensa —, todos os setores da economia sentem flutuações e incertezas.
Para os varejistas, ficam algumas dicas: garantir estoques maiores, se preparar com contratos mais longos e, se possível, contar com auxílio de agências especializadas que podem ser parceiros estratégicos para indicar melhores ações em grandes mídias como Facebook, Google e TikTok. São algumas das medidas que o empreendedor pode ter para se proteger de inesperados resultantes tanto da disputa eleitoral quanto da alta demanda comercial que se projeta para os meses de novembro e dezembro.
Mesmo que nem a sexta estrela na camisa da Seleção, nem o próximo presidente do País já possam ser tidos como certezas, uma coisa é fato: nunca se viu um final de ano tão agitado quanto o que vem por aí.
André Palis é sócio-fundador e CEO da agência Raccoon.Monks