Análise feita pela agência SA365 e a Elifegroup contempla metaverso, NFTs, bots, entre outros

2021, o segundo ano de pandemia, terminou com restrições, campanhas de vacinação, crise política, além da chegada de uma nova variante da Covid-19. Com base nesse cenário, análise feita pela agência SA365 e a Elifegroup mapeou dez tendências que deverão estar presentes no dia a dia das pessoas e empresas.

Confira abaixo as tendências apontas pelas consultorias:

Home office - dois em um
Segundo as empresas, com o uso mais intenso das casas durante o período de restrições, o espaço doméstico assumiu novas funções e, em muitos casos, virou centro de trabalho, lazer, estudo e esportes. A consequência desse movimento pode ser verificado no aumento de gastos com reforma e construção. Mesmo em um ano de crise econômica, as projeções da Federação Brasileira de Redes Associativistas de Materiais de Construção (Febramat) são de que os gastos com reforma e construção saltarão de R$ 3,8 bilhões em 2020 para R$ 4,2 bilhões em 2021.

Marca de produtora a curadora de conteúdo
Retirar a responsabilidade, ainda que em partes, da produção de conteúdo do departamento de Marketing e embarcar na onda do creator 's economy parece ser um comportamento que se intensificará em 2022. Ainda de acordo com o relatório, a ideia é começar a utilizar conteúdos produzidos por terceiros em vez de somente produzi-lo internamente. Para isso, continua o documento, é necessário fazer a curadoria de produtores de conteúdo online e criar uma estrutura capaz de gerar relacionamento com estas pessoas e republicação e mensuração de resultados de replicações de conteúdos de terceiros.

Bots por comando de voz
Assistentes virtuais estão cada vez mais presentes na vida das pessoas. Segundo uma pesquisa da Ilumeo realizada com brasileiros, seu uso cresceu 47% durante a pandemia. O estudo apontou ainda que 54% dos entrevistados já veem mais valor em produtos e serviços que permitam as interações por voz, enquanto duas a cada três pessoas teriam interesse em seguir utilizando dispositivos por comando vocal.

Alexa, assistente virtual da Amazon (Matthew Ball/ Unsplash)

Além disso, o uso de voz cresce também na comunicação interpessoal -  uma pesquisa da Exame em parceria com a Mind Miners revela que os audios de WhatsApp caíram no gosto popular: 56% dos respondentes afirmaram gostar ou gostar muito de enviar áudios, enquanto 57% afirmaram gostar ou gostar muito de recebê-los.

Sharing Economy irá se expandir
A compra de bens de alto valor agregado parece estar abrindo lugar a uso compartilhado e aluguel de produtos no comportamento brasileiro. Este tipo de serviço, que já indicava seu potencial com setores de uso mais esporádico, como no caso do AirBnB, agora começa também a migrar para outras esferas da vida da população. A pandemia, por exemplo, aumentou consideravelmente a busca e o uso por espaços de coworking, onde a estrutura do local de trabalho é compartilhada por pessoas de diversas vivências e empresas que buscavam alternativas para suas casas durante o lockdown.

Território de marca se tornará preocupação
Em artigo publicado no Think With Google sobre a participação de mulheres negras na comunicação da marca, a empresa fala sobre a inclusão e a representatividade de forma baseada em três pilares: identificação de oportunidades de ação; compreensão de temas de interesse da comunidade de mulheres negras; e abordagem de temas e criação de espaço para conversas em sua comunicação oficial.

WhatsApp como buscador
Segundo o relatório, o WhatsApp começará a testar a funcionalidade de “páginas amarelas” em seu diretório de negócios. A função, na prática, fará com que a plataforma evolua, deixando de ser um app de mensagens para se tornar um buscador capaz de conectar o consumidor a estabelecimentos comerciais, sites de e-commerce e outros fornecedores de produtos e serviços. A mudança vai impactar o dia a dia do profissional de social tanto no planejamento de plataformas de vendas nesta rede como na estruturação de fluxos e equipes de atendimento e na melhora do posicionamento da marca no novo buscador.

Avatares e ambientes imersivos
Metaverso é o mundo virtual imersivo para onde parte da internet está se voltando e, embora ainda sem uma perspectiva sólida de chegada, se aproxima do dia a dia. Um dos passos mais importantes neste sentido foi dado recentemente por Mark Zuckerberg ao combinar aspectos de realidade virtual com dados sociais do Facebook com a promessa de uma nova experiência de uso. Este ambiente terá necessariamente o suporte de tecnologias de inteligência artificial e de realidade aumentada para criar ambientes que incentivem a interação entre pessoas, objetos, marcas e situações e que gerem recorrência de visitas e uso.

Metaverso é uma das tendências para o ano, de acordo com relatório (Martin Sanchez/ Unsplash)

O movimento inverso também deve acontecer: espaços físicos, com o auxílio de ferramentas de realidade estendida aumentada - formas de interação por meio de informações que se projetam no mundo real -, devem passar cada vez mais a gerar reflexos em espaços virtuais.

Gig Staffing
Este é um modelo de alocação em que a contratação de pessoas para desenvolver serviços acontece on demand, sem a necessidade de vínculo definitivo de pessoal. Estas flexibilizações foram amplamente usadas pelo sistema bancário americano durante a pandemia, quando alguns players previram que o maior uso de internet banking e a falta de acesso a agências aumentaria a demanda por atendimento nos call centers. A solução foi contar, além da estrutura de pessoal do banco e especialistas de outras áreas, com um fornecedor de Gig Staffing para ajudar na cobertura nestes momentos de maior fluxo sem, para isso necessitar aumentar o time.

Social Commerce e Live commerce
O social commerce é uma forma de negócio que se fortaleceu bastante durante a pandemia, principalmente para pequenos negócios no Instagram. Os novos desafios são lidar com um mercado cada vez mais pulverizado, em que players de todos os tamanhos ofereçam experiências de compra completamente alocadas em plataformas sociais, sem nunca direcionar o comprador para fora do canal em que ele já está inserido.

A tendência também é apontada pelo Hootsuite em seu Social Trends Report.  Nele, a empresa defende que o crescimento de compras e de fornecedores online durante a pandemia não é um comportamento que vá se reverter no futuro próximo, uma vez que as barreiras existentes para muitos compradores estavam ligadas à segurança - tanto da transação quanto da entrega e qualidade do produto - e foram quebradas.

O universo das NFTs
Hoje as NFTs são valores e bens existentes primariamente de forma digital, mas estes tokens podem agregar valor a produtos reais e fazer sua migração ao mundo tangível. Enquanto hoje, peças de arte, títulos de valor, e até mercadorias de luxo como tênis AR Gucci sneakers  e jogos com produtos Louis Vuitton estão presentes em um mundo feito de dados, plataformas como Autograph começam a surgir e promover o encontro desta realidade com produtos físicos com bastante sucesso. Isso se deve a fatores de exclusividade, capacidade de customização e de tracking garantidos pelas NFTs terem encontrado especial apelo em certos grupos de clientes.