Nos últimos anos, a área de marketing talvez tenha sido uma das mais impactadas por tendências e novidades que surgiram em um ritmo incessante. Certamente, um dos conceitos mais proveitosos e condizentes com a realidade atual que todos enfrentamos é o de Agile Marketing (ou Marketing Ágil, em tradução literal), conjunto de práticas que priorizam uma resposta ágil, flexível e adaptável por parte das empresas. Dentro desse cenário, a tecnologia cumpre uma função primordial, na medida em que oferece as ferramentas necessárias para que a organização adote essa postura de reatividade ao mercado.
2020 foi extremamente atípico para todos, não há como questionar o choque inesperado que a chegada do Covid-19 trouxe para o Brasil e o mundo. Hoje, olhando para o futuro, apoiar os planejamentos estratégicos nessa metodologia inovadora é uma questão de sobrevivência de mercado, com um diferencial competitivo desejado por muitas corporações. Responder rapidamente às adversidades é um estágio de excelência operacional a ser atingido por todos. E o Agile Marketing representa essa possibilidade.
Qual é a relação prática do Agile Marketing?
Sempre foi uma realidade comum às empresas trabalhar com a construção de planejamentos que contemplavam resultados a longo prazo, sem tópicos preparados para prever situações de mercado e sustentar uma gestão de projetos mais segura. Sem dúvidas, a inoperância é uma das maiores inimigas atuais de organizações que pararam no tempo, dificultando a produtividade de profissionais presos a um modelo estratégico fragilizado.
Mais do que nunca, é imprescindível compreender a importância da tentativa e erro, além de mudanças que certamente virão durante a execução do projeto. Seguir o plano original à risca pode até ser um sinal de pragmatismo, mas não deve limitar as ações para que o melhor resultado seja alcançado.
Agile Marketing é sinônimo de flexibilidade. Vivemos em um cenário propício a aprimoramentos constantes. A inovação é sentida, com recorrência, interna e externamente. Ciclos de trabalho com projeções curtas trazem uma linguagem ágil e objetiva, capaz de absorver as mudanças e transformá-las em oportunidades promissoras.
Foco no consumidor e em experiências transformadoras
Obter uma vantagem competitiva é um propósito compartilhado por todos, sem objeções. E não há caminho mais adequado para atingir essa finalidade que priorizar a satisfação do público-alvo por meio de estratégias que estruturem vínculos marcantes entre consumidor e empresa. O departamento de marketing, alinhado com outros setores importantes para que ocorra uma sinergia entre as equipes, terá totais condições de entender o que o usuário está procurando, em um ritmo de desenvolvimento contínuo orientado à noção de que quanto mais simples, melhor.
Com a institucionalização da agilidade como conceito a ser disseminado internamente, entraves operacionais, reuniões desnecessárias, gastos evitáveis, entre outros elementos que costumam ofuscar o andamento de projetos, tornam-se acontecimentos raros em um ambiente corporativo preparado para seguir em frente, utilizando aprendizados como fonte criativa para políticas inovadoras.
O Agile Marketing não deve ser encarado como um conjunto teórico difícil de ser aplicado. O cenário empresarial mudou e tende a continuar dinamizado, e o processo de criação de campanhas, interações e relacionamentos precisa acompanhar essa mentalidade inovadora. Por fim, o resultado é uma frente comercial capaz de direcionar os investimentos de forma consciente e precisa, com o suporte tecnológico adequado e profissionais liberados para deixar estruturas rígidas para trás. Com isso, a empresa, os colaboradores e os clientes serão os maiores beneficiados.
Juliana Garcia é comunicóloga, jornalista e lidera a Ideiacomm, agência de conteúdo, social media e assessoria de imprensa