Stalimir Vieira
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A Bia não tem sexo
A Bia chama Bia, mas podia chamar Bráulio, que não ia mudar nada. Continuaria sendo apenas um algoritmo, desenvolvido e operado por mulheres e homens, para atender à conveniência de seus patrões e clientes, seja ajudando ou atrapalhando usuários. Eu xingo algoritmos com frequência, não importam os nomes de fantasia
Minha primeira campanha
Em 21 maio de 1965, eu tinha 11 anos. Exatos dez anos depois, conquistava meu primeiro emprego em uma agência de publicidade, ainda em Porto Alegre. Sozinho em uma sala, impregnada pela fumaça dos cigarros que acendiam frequentemente, eu agredia as teclas de uma Olivetti, preenchendo a folha de papel-jornal
O mercado carece de críticos
Já contei essa história em algumas circunstâncias, mas acho que aqui, nunca, embora já me perca nos tantos anos em que escrevo no PROPMARK. Foi a primeira vez em que tive a minha atenção chamada para a propaganda. Deveria ter uns 7 ou 8 anos e morava com meus avós
Questão de prioridade
Choram-se dilúvios no Brasil. Chora-se copiosa e desesperadamente. Choram-se faltas de materiais elementares e choram-se dramas psicológicos insuportáveis. As pessoas estão exaustas de tanto chorar. Choram por si, pelos próximos, pelos conhecidos e pelos desconhecidos. Choram pela irresponsabilidade pública e pela perversidade particular. Nunca recebemos tantas notícias tristes e chocantes,
Quando tudo se apequena
Houve um tempo em que era comum, nos casos em que nos víssemos diante de uma obra de arte publicitária e que, portanto, não poderia ser reprovada de jeito nenhum, alugar uma sala de cinema para fazer a apresentação ao cliente. Era criado todo um clima de evento importante, com
Um governo sem briefing e sem criativos
Ao longo da carreira, chutaria que uns 30% dos jobs que tive de resolver não tinham um briefing. Quem é do ramo, não haverá de estranhar dado tão expressivo. Para nós, criativos, faz parte do rol de obrigações a que devemos cumprir, desenrolar esse tipo de pepino. Um briefing bem
Uma estressante preguiça
Recentemente, um profissional de criação me contou que anda estressado com o nível da pressão que vem sofrendo na agência; o que, no entanto, mais o incomoda é ver que o resultado do trabalho, no fim, fica uma merda, e ninguém se importa com isso. Não é curioso? Provavelmente, nunca