Texto: Maytê Carvalho
Por que se comunicar bem pode te ajudar na sua carreira profissional? Essa habilidade te proporciona liderança, protagonismo, voz ativa e influência. Sou autora do best-seller Persuasão, como utilizar a retórica e a comunicação persuasiva na sua vida pessoal e profissional e também dou treinamentos e cursos sobre o tema. Ouço dos alunos e leitores: o seu livro me ajudou muito na minha carreira. Mas para entender exatamente como, precisamos entender os fundamentos da retórica.
O que é retórica – palavra que vem do latim, rhetorica (arte de falar bem) e do grego rhetor (o orador)? Podemos resumir como a arte do bem falar, mediante o uso de todos os recursos da linguagem, para atrair e manter a atenção e o interesse do auditório – com o objetivo de informá-lo, instruí-lo e, principalmente, persuadi-lo das teses ou dos pontos de vista que o orador pretende transmitir.
Só fala bem quem pensa bem. Essa frase de Aristóteles ressignificou toda a minha relação pessoal com a própria persuasão. Deixei de me enxergar como uma impostora e passei a me ver como uma pessoa inteligente. Eu tinha vergonha de ser persuasiva porque a palavra muitas vezes carrega um viés ruim.
Mas não para o Aristóteles. Não na Grécia Antiga. Desde Homero a Grécia é eloquente e se preocupa com a arte do bem falar. Tanto que o próprio foi mentor de Alexandre, o grande – que nunca perdeu uma batalha sequer e mesmo enfrentando o exército mercenário de Dario, com sua eloquência e sedução cativava seus soldados e liderados. Fazendo um paralelo ao mundo corporativo: como você cativa o seu time? Como você se comunica com os seus pares? Como você dá e recebe feedback?
A retórica aristotélica parte da premissa de 3 pilares para a construção de uma fala persuasiva: ethos (credibilidade do orador) pathos (emoção) logos (razão). Esses 3 pontos guiam desde entrevistas de emprego à descrições no LinkedIn e apresentações de projetos internos.
Qual é o seu ethos? Como ele se alinha com o da empresa? Qual é a imagem de si que vc faz?
A construção de uma imagem de si, peça principal da máquina retórica, está fortemente ligada à enunciação. Todo ato de tomar a palavra implica a construção de uma imagem de si. Para tanto é necessário que o locutor faça seu autorretrato, detalhe suas qualidades nem mesmo que fale explicitamente de si. Seu estilo, suas competências linguísticas e enciclopédicas, suas crenças implícitas são suficientes para construir uma representação de sua pessoa. Assim, deliberadamente ou não, o locutor efetua em seu discurso uma imagem de si.
Maytê Carvalho é professora do curso Comunicação Inclusiva com Ênfase no Mundo Corporativo, que faz parte do Dynamic ESPM, programa que dá liberdade ao estudante para definir cada etapa do seu desenvolvimento profissional. Para saber mais sobre o curso, que tem início no dia 1 dezembro, clique aqui.
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